Sant'Anna, Luciana BarrosOliveira, Melissa Guimarães de2025-05-272025-05-272025-02-28https://repositorio.univap.br/handle/123456789/972A membrana amniótica (MA) é amplamente reconhecida por suas propriedades regenerativas, anti-inflamatórias e imunomoduladoras, sendo uma alternativa promissora no tratamento de doenças associadas à desmielinização, como a Esclerose Múltipla (EM). A desmielinização é caracterizada pela perda da mielina, estrutura responsável pela condução de impulsos nervosos, comprometendo a funcionalidade neuronal. Neste contexto, este estudo objetivou avaliar a eficácia da MA em proteger o tecido nervoso contra os efeitos desmielinizantes da lisolecitina, utilizando fatias organotípicas de cérebro de camundongos C57BL/6 como modelo experimental in vitro. Para isso, quatro grupos experimentais foram estabelecidos: Controle Sadio/C-S (fatias sadias); Desmielinização/C-DESM (fatias desmielinizadas pela aplicação de lisolecitina); Controle Membrana/C-MA (fatias sadias que receberam apenas MA); e Membrana Desafio Lisolecitina/MA-LISO (fatias que foram recobertas pela MA e submetidas à ação da lisolecitina). As análises incluíram colorações histológicas (Hematoxilina e Eosina, Luxol Fast Blue) para avaliação da integridade estrutural, teste metabólico com TTC para mensurar viabilidade celular, e MEV para avaliação da topografia de superfície tecidual. Os resultados demonstraram que a MA preservou a integridade da mielina e a arquitetura tecidual nas fatias desafiadas pela lisolecitina, enquanto as fatias do grupo C-DESM apresentaram microcavitações, desorganização da arquitetura histológica e perda da distinção entre substância branca e cinzenta. O ensaio TTC mostrou que as fatias protegidas pela MA mantiveram alta atividade metabólica, em contraste com a baixa atividade observada no grupo C-DESM. A análise por MEV reforçou a eficácia da MA, evidenciando a preservação da estrutura tecidual do parênquima cerebral, além de evidências de interação com o tecido que podem estar associados ao seu potencial bioativo. Essas propriedades incluem a modulação do microambiente neural e a liberação de fatores solúveis, que podem contribuir para a manutenção da viabilidade celular e integridade estrutural, mesmo em condições desafiadoras como a exposição à lisolecitina. Conclui-se que a MA atuou como barreira física eficaz contra a desmielinização induzida por lisolecitina, protegendo o tecido cerebral. Além disso, sugere-se que houve possível regeneração tecidual devido às suas propriedades bioativas, que devem ser mais investigadas para potencial aplicação no tratamento de doenças desmielinizantes, como a EM.pdfpt-BRAnálise do potencial protetor da membrana amniótica em modelo experimental de desmielinização in vitro de fatias organotípicas de cérebro de camundongosAnalysis of the protective potential of the amniotic membrane in an in vitro experimental model of demyelination using organotypic brain slices from miceDissertaçãoEngenharia BiomédicaMembrana amnióticaImunomodulaçãoAgentes anti-inflamatóriosEsclerose múltiplaCulturas organotípicasOLIVEIRA, Melissa Guimarães de. Análise do potencial protetor da membrana amniótica em modelo experimental de desmielinização in vitro de fatias organotípicas de cérebro de camundongos. São José dos Campos, SP, 2025. 83 f.; PDF. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) - Universidade do Vale do Paraíba, Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, São José dos Campos, 2025.Universidade do Vale do ParaíbaUniversidade do Vale do ParaíbaUniversidade de Taubaté