Navegando por Assunto "Herpes zoster"
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Item Fotobiomodulação aplicada à neuralgia pós-herpética: estudo clínico, randomizado, duplo cego e controlado(2020-03-30) Arisawa, Emília Angela Loschiavo; Lima, Mário Oliveira; Martins, Rodrigo Álvaro Brandão Lopes; Marcos, Rodrigo Labat; Silva, Erick Giovanni Reis da; São José dos CamposA neuralgia, sintoma mais comum em pacientes acometidos por Herpes zoster (Hz), caracteriza-se por dor neuropática crônica no trajeto do nervo afetado, com persistência mínima de um mês, e início entre um e seis meses após a cura das erupções cutâneas. Após o desaparecimento das lesões, o paciente pode desenvolver neuralgia pós-herpética (NPH), com prejuízos expressivos à qualidade de vida. A terapia convencional medicamentosa não fornece resultados satisfatórios em curto prazo, deixando o paciente, na maioria dos casos, em estado contínuo de dores neurais. Diante disso, o uso da Terapia a Laser de Baixa Intensidade (TLBI) surge como nova abordagem terapêutica à neuralgia pós-herpética. O objetivo do presente estudo é avaliar a ação da laserterapia no tratamento da neuralgia pós herpética, com relação ao alívio da dor e melhora da qualidade de vida. É um estudo clínico prospectivo, randomizado, controlado e duplo cego, aplicado a uma população composta por 12 participantes diagnosticados com NPH. Os participantes foram alocados aleatoriamente em 2 grupos: Grupo Placebo (P- tratamento medicamentoso padrão) e Fotobiomodulação (PBM- cluster com três lasers de GaAlAs, 660 nm, 100mW, irradiação pontual, 40 s/ponto, total de 4 J/cm2 por ponto). A dor foi avaliada pela Escala Visual Analógica da dor (EVA) e a algometria, utilizando o analgesímetro digital. Para avaliar a qualidade de vida, foi aplicado o Questionário de Avaliação da Qualidade de Vida (SF-36). Os dados coletados, foram tabulados e analisados com o auxílio do programa GraphPad Prism®, versão 7, e o teste de Kolmogorov-Smirnov, para análise da distribuição dos dados de todos os parâmetros do estudo (EVA, algometria e SF36), com nível de significância de 5% (p<0,05). Os resultados do presente estudo demostraram que a análise da dor, pelo EVA apresentou diferenças estatísticas significativas na comparação intergrupo, e tanto grupo P quanto o grupo PBM apresentaram melhora da dor. Os resultados da algometria não apresentaram significância estatística (p>0,05) em relação à redução da dor em ambos os grupos. Por outro lado, na análise da qualidade de vida, o grupo P apresentou melhora significativa somente em um dos oito domínios analisados, enquanto o grupo PBM apresentou melhora em cinco dos oito domínios analisados. Portanto, nas condições e com a metodologia utilizada no presente estudo, conclui-se que o protocolo clínico proposto apresentou redução na percepção da dor, com consequente melhora na qualidade de vida na maioria (62,5%) de todos os aspectos avaliados. Esses resultados são importantes e podem nortear novas pesquisas clínicas que objetivem o uso da fotobiomodulação no tratamento da NPH.