Navegando por Assunto "Quitosana"
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Item Biomineralização induzida por quitosana e materiais à base de colágeno com flúor para cobertura de dentina radicular submetida à erosão(2022-02-14) Nahórny, Sídnei; Soares, Luís Eduardo Silva; Sant'Anna, Luciana Barros; Espírito Santo, Ana Maria do; Oliveira, Luciane Dias de; Oliveira, Ivone Regina de; São José dos CamposOs materiais orgânicos como a quitosana e o colágeno podem ser uma opção promissora para o tratamento da dentina com o objetivo de biomineralização, associados ou não ao flúor. O objetivo deste estudo foi avaliar novos materiais à base de colágeno e quitosana, associados ou não ao flúor, aplicados na dentina bovina desmineralizada e selecionar os de melhor interação com o substrato (Estudo 1), bem como o efeito da sua aplicação na dentina após a erosão dental simulada (Estudo 2). No estudo 1, dentes bovinos foram preparados e tratados com três tipos de colágeno de origem bovina (colágeno hidrolisado fibras, colágeno não-hidrolisado pó, colágeno hidrolisado pó), uma quitosana em pó e um composto de suspensão de quitosana e flúor gel. A morfologia dentinária foi observada em microscópio eletrônico de varredura (MEV) e o conteúdo inorgânico da dentina foi avaliado por micro fluorescência de raios X por energia dispersiva (µ-EDXRF). Uma maior cobertura para o composto flúor/quitosana seguido do colágeno hidrolisado foi observada. O colágeno hidrolisado apresentou distribuição mais homogênea de cálcio e fósforo. A quitosana sem o flúor tem partículas irregulares e heterogêneas e resultou em pouca interação com o substrato. Os materiais com melhor interação com a dentina (Estudo 1) foram utilizados para tratamento de superfície na dentina radicular de dentes bovinos (Estudo 2). No estudo 2, foi realizada uma avaliação in vitro, com o objetivo de verificar a influência da quitosana ou colágeno hidrolisado, isoladamente ou em combinação com gel de fluoreto de fosfato acidulado (FFA), na composição e morfologia da dentina submetida à ciclos de erosão. Amostras de dentina bovina foram preparadas (n = 84) e tratadas com saliva artificial (AS, controle negativo), flúor fosfato acidulado em gel (F, controle positivo), suspensão de quitosana (Chi), suspensão de colágeno hidrolisado (Col), composição de flúor/quitosana (F_Chi) e composição de flúor/colágeno hidrolisado (F_Col). Ciclos erosivos (seis ciclos de imersão em suco de laranja por 1 min, seguidos de imersão em AS por 1 h) foram realizados. Os materiais foram caracterizados quanto à morfologia, composição e distribuição granulométrica. As técnicas de µ-EDXRF e MEV avaliaram a composição química inorgânica e morfologia da dentina, respectivamente. As partículas do pó de colágeno hidrolisado apresentaram uma morfologia mais regular e características esféricas quando comparado com a quitosana. Devido à sua natureza orgânica, a quitosana e o colágeno hidrolisado apresentam apenas um padrão amorfo nas análises de difração de raios x (DRX). A presença de mais bandas orgânicas no espectro FTIR provavelmente resultou em uma interação elevada com o conteúdo de colágeno da dentina previamente desmineralizada. A suspensão do grupo Col apresentou uma afinidade melhor pela superfície dentinária do que no grupo Chi. Os grupos F_Col e F apresentaram uma redução na perda de cálcio em 17% e 26%, respectivamente (p <0,001). Ambos os grupos ainda apresentavam uma camada de cobertura de aglomerados na superfície da dentina após os ciclos erosivos. O grupo F_Col produziu um padrão de cobertura semelhante ao do grupo controle positivo com a deposição de aglomerados de material à base de flúor enriquecido com colágeno. O flúor apresentou um efeito sinérgico com o colágeno hidrolisado na proteção da dentina, provavelmente devido à sua composição de aminoácidos, solubilidade e interação química com os íons F-, resultando na deposição de aglomerados de material à base de flúor enriquecido com colágeno. As análises de MEV e µ-EDXRF evidenciaram alterações morfológicas e na composição inorgânica significantes para todos os materiais após a erosão simulada. Os melhores resultados em relação à formação de camada protetora mais homogênea e de menor desmineralização foram obtidos no grupo de colágeno hidrolisado com flúor seguido da quitosana.Item Desenvolvimento de biomaterial à base de Acmella Oleracea (L.) R. K. Jansen com atividades cicatrizante, antibacteriana e antitumoral(2021-05-25) Soares, Cristina Pacheco; Castilho, Maiara Lima; Silva, Newton Soares da; Oliveira, Luciane Dias de; Perazzo, Fabio Ferreira; Silva, Carlos Augusto Priante da; Menegon, Renato Farina; São José dos CamposAcmella oleracea popularmente conhecida como jambu, é utilizada na medicina alternativa e culinária popular do Brasil e diversos outros países, tendo diversos metabólitos secundários associados à sua bioatividade, como compostos fenólicos e flavonoides. Estas atividades incluem sua capacidade anestésica, antibacteriana e cicatrizante. Assim, este trabalho teve como objetivo desenvolver uma membrana de quitosana a base do extrato foliar de A. oleracea para aplicação médica em feridas superficiais, avaliando sua capacidade antibacteriana, cicatrizante e antitumoral, para indicação no tratamento de câncer epidermóide. O extrato metanolico utilizado foi obtido por maceração assistida por ultrassom e em seguida fracionado com os solventes Acetato de etila e Butanol. A atividade cicatrizante e tóxica das amostras (Extrato bruto, Fração Butanol e Fração Acetato de etila) assim como o biomaterial (Membrana de quitosana, Membrana de quitosana associada ao extrato bruto e Membrana de quitosana associada a fração butanol) foram avaliadas através da capacidade proliferativa em linhagem L929 (fibroblasto de camundongo) e HEp-2 (Carcinoma de laringe humana) por fechamento de ferida in vitro e ensaios de citotoxicidade (Cristal violeta e MTT), além de genotoxicidade por teste de micronúcleo. A ação antibacteriana dos extratos e membrana em cepas Staphylococos aureus e Escherichia coli, foi avaliada pela densidade celular e formação unidades formadoras de colônias a partir do contato com o biomaterial. Estes testes mostraram a capacidade do material de aumentar a proliferação celular e atividade mitocondrial e não levar à formação de micronúcleos em linhagem L929 pela fração butanol, não observado o mesmo na fração acetato de etila e extrato bruto, havendo queda da viabilidade neste último. A atividade antitumoral avaliada pelos mesmos testes em linhagem HEp-2 (Câncer de laringe humano) determinou a capacidade citotóxica da fração butanol ao reduzir a densidade celular e atividade mitocondrial, o que também foi observado na fração acetato de etila e extrato bruto principalmente na maior concentração testada de 1000 µg/mL, não havendo o fechamento da ferida in vitro. Teste de citotoxicidade com microrganismos determinaram a capacidade dos extratos e frações em evitar infecções oportunistas que forem infligidas por S. aureus, sendo todas as amostras eficientes em reduzir o número de bactérias. A fração butanol apresentou um maior rendimento, melhor atividade proliferativa e cicatrizante, não genotóxica e antibacteriana para a cepa S. aureus quando comparado ao extrato bruto e fração Acetato de etila. Ao avaliar a ação das membranas por citotoxicidade indireta observa-se o aumento da densidade celular em células L929 quando incubadas com a membrana associada ao extrato bruto em 48 h de incubação e ação citotóxica do biomaterial associado a fração butanol frente ao teste de cristal violeta, porém havendo aumento da atividade mitocondrial em todos os grupos. Em contrapartida há redução na densidade celular do biomaterial contendo extrato bruto em células HEp-2 e baixa da atividade mitocondrial para a célula em todos os grupos. Apenas a membrana com extrato bruto apresentou atividade antibacteriana com redução no número de células e sem nenhuma unidade de colônia formada. Sendo a única membrana também a permanecer liberando seus compostos após 48h de degradação enquanto outras degradaram em 24h, além de não apresentarem formação de poros visto por microscopia eletrônica de varredura. O biomaterial contendo o extrato bruto foi apontado como a mais viável a compor uma membrana que servirá como biomaterial liberador para atuar em casos de feridas cutâneas, induzindo a cicatrização, matando células tumorais testadas e evitando a infecção local.