Navegando por Assunto "Sinais vitais"

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    Análise dos sinais vitais e do desempenho cardiorrespiratório de pessoas com lesão no sistema nervoso central durante a realização de um protocolo de reabilitação
    (2022-05-09) Lima, Fernanda Pupio Silva; Arisawa, Emília Angela Loschiavo; Martins, Patrícia Sardinha Leonardo Lopes; Lopes, Taciana; São José dos Campos
    As lesões cerebrais podem provocar os maiores e mais extensos déficits funcionais no indivíduo. Dentre as doenças do sistema nervoso central podemos citar o acidente vascular encefálico, a lesão medular, o traumatismo crânio-encefálico e a paralisia cerebral. Essas doenças causam inúmeras incapacidades e limitações provocando sequelas físicas, psicológicas e emocionais. Contudo, sabemos que o exercício físico é fundamental para as pessoas e, principalmente, para o indivíduo acometido por doença no sistema nervoso central. O exercício aeróbico é uma das opções para estimular adaptações fisiológicas para que ocorram melhoras na saúde do indivíduo. Esse estudo teve como objetivo analisar os sinais vitais e o desempenho cardiorrespiratório (velocidade média atingida durante o exercício aeróbico) em sujeitos com lesão no sistema nervoso central durante um protocolo de reabilitação. No decorrer do protocolo experimental foram coletados os sinais vitais durante o repouso inicial; esforço e recuperação. Foram analisados parâmetros como pressão arterial (PA); saturação periférica de oxigênio (SpO2 ) ; frequência cardíaca (FC) e escala de percepção subjetiva de esforço (BORG). Foi realizado um programa de reabilitação cardiorrespiratória com 14 voluntários, 2 vezes por semana, em dias alternados, durante 12 semanas, totalizando 24 sessões de terapia, sendo que cada sessão teve duração aproximada de 1 hora. A intervenção fisioterapêutica foi dividida nas seguintes etapas: exercício aeróbico contínuo ou intervalado, de acordo com a prévia do teste de caminhada de 6 minutos; fortalecimento muscular de membros inferiores; exercícios respiratórios; relaxamento e orientações domiciliares. Verificou-se que no repouso comparando a FC de recuperação (FCrec) pós-exercício com a FC inicial (FCi) de cada terapia, teve uma diferença estatística (p<0,05) em que a FCrec foi maior que a FCi e que, mesmo após o repouso, não retornou aos valores basais; por sua vez, a FCi durante o repouso ao longo de todo tratamento, apresentou redução significativa da FCi (p<0,05). Durante o teste foi constatado, pela análise estatística, que o desempenho se comportou em fases (fase inicial, intermediária, final), sendo que o resultado mais satisfatório ocorreu na fase final, a partir da 14ª sessão. Observou-se também que todos os indivíduos apresentaram um aumento do desempenho cardiorrespiratório tanto nos valores brutos quanto normalizados, sendo que, considerando a média geral, houve aumento significativo de 30% entre a fase inicial e final. Na FC, durante o esforço, também observou-se aumento significativo dos valores, porém de apenas de 6%. Assim, foi possível verificar que após a reabilitação cardiorrespiratória, a FCi diminuiu, ocorreu melhora do desempenho cardiorrespiratório sem grandes variações de FC, PA e SpO2 durante o esforço, demonstrando que o tratamento foi benéfico e seguro para os voluntários com lesão do sistema nervoso central participantes desse estudo.