Navegando por Assunto "Staphylococcus aureus"
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Item Avaliação da heteroestrutura, morfologia e aderência de filmes finos de TiO2 depositados sobre aços inoxidáveis 304 e 316L via deposição por camadas atômicas (ALD) visando aplicações biomédica(2023-03-09) Vieira, Lúcia; Oliveira, Virgínia Klausner de; Marques, Francisco das Chagas; Machado, João Paulo Barros; Marques, Vagner Eduardo Caetano; São José dos CamposO aço inoxidável é comumente encontrado dentro do ambiente hospitalar em dispositivos médicos, como pinças, bisturis e implantes (tipo 316L); em superfícies de movelaria e equipamentos e em tubulações de transporte de água e efluentes (tipo 304). O aço inoxidável é bastante empregado por ser considerado um material que apresenta elevada resistência mecânica, alta resistência à corrosão, baixo custo e é facilmente esterilizável. Entretanto, é cada vez mais comum a existência de bactérias e fungos cada vez mais resistentes nesse ambiente, tornando o ambiente hospitalar mais propenso a transmissão de infecções provocadas por essas cepas de bactérias. Atualmente, o filme fino de dióxido de titânio (TiO2) tem sido estudado como um revestimento protetor para mitigar Staphylococcus aureus, Escherichia coli e outras cepas de bactérias em muitas superfícies de dispositivos hospitalares. O TiO2 apresenta ação antibacteriana devido às suas propriedades fotocatalíticas que produzem radicais oxidantes que destroem a parede celular de vírus e bactérias. Neste trabalho filmes finos de dióxido de titânio foram depositados em substratos de aço inoxidável 304 e 316L via deposição por camada atômica (ALD) a fim de desenvolver superfícies que contribuam no combate ao desenvolvimento de vírus e bactérias. Comparamos a microestrutura, morfologia, estrutura química e adesão e ação biológica dos filmes depositados sobre os diferentes substratos de aço inoxidável. O filme fino cobre ambos os substratos uniformemente com nanopartículas de TiO2 identificados por microscopia eletrônica de varredura, no aço 316L alguns aglomerados de nanopartículas estão presentes no filme. Para determinar a presença de grupos funcionais pertencentes aos componentes químicos do filme de TiO2 foram utilizadas as análises de Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR). Foram utilizadas as técnicas de espectroscopia Raman e de difração de raios-x para identificar as fases cristalinas presentes no filme, que indicaram a presença de TiO2 nas fases anatase e rutilo. A aderência do filme ao substrato foi determinada e analisada pela técnica de Esclerometria, evidenciando boa aderência do filme ao substrato tanto sobre o aço 304 quanto sobre o aço 316L, e o filme sobre o aço 304 é mais duro que o filme sobre o aço 316L. Para determinar a atividade biológica foram utilizados testes de viabilidade bacteriana, que demonstraram a eficiência do filme como bactericida no aço 304, enquanto no aço 316L não foi identificada tal ação bactericida em contato com Staphylococcus aureus. Com base nos resultados obtidos o filme de TiO2 se mostrou muito promissor em ser utilizado para revestir superfícies de aço inoxidável presente nos ambientes hospitalares e em dispositivos médicos como forma de reduzir a contaminação por vírus e bactérias.Item Efeitos da terapia fotodinâmica antimicrobiana com photodithazine® sobre Staphylococcus aureus resistente à Meticilina (MRSA): estudos em biofilmes e modelo experimental de Galleria mellonella(2022-02-24) Souza, Beatriz Müller Nunes; Ferreira-Strixino, Juliana; Simioni, Andreza Ribeiro; Junqueira, Juliana Campos; Pacheco-Soares, Cristina; Miñán, Alejandro Guillermo; Pinto, Juliana Guerra; São José dos CamposInfecções por Staphylococcus aureus são consideradas um grave problema de saúde, gerando altos índices de mortalidade. O tratamento convencional para essas infecções é feito por meio da administração de antibióticos, porém o uso indiscriminado destes fármacos pode selecionar microrganismos resistentes. Por este motivo, é necessário o desenvolvimento de alternativas para a antibioticoterapia, como a Terapia Fotodinâmica antimicrobiana (TFDa) que se baseia em um método terapêutico que emprega um fotossensibilizador (FS) e uma fonte de luz com comprimento de onda adequado ao FS, capazes de interagir com o oxigênio molecular formando espécies reativas de oxigênio, responsáveis pela inativação celular. O trabalho teve como objetivo analisar, in vitro e in vivo, a ação da TFDa com Photodithazine® (PDZ) em cepa de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA). Para o método in vitro, o biofilme de S. aureus foi incubado com PDZ nas concentrações de 50 e 75 µg.mL-1 durante 15 minutos e a irradiação foi realizada com as fluências de 25, 50 e 100 J/cm². Foram avaliadas a internalização do FS, a contagem de unidades formadoras de colônias (UFC/mL), a formação de espécies reativas de oxigênio (ERO), o metabolismo bacteriano, a aderência e a estrutura do biofilme por microscopia eletrônica de varredura, antes e após aplicação da terapia. No método in vivo, inicialmente a cepa foi inoculada em modelos de Galleria mellonella e após a aplicação da TFDa foi analisada curva de sobrevivência, escala de saúde, análise hemócitária e UFC/mL de S. aureus na hemolinfa. Nos resultados in vitro, foi observada a redução bacteriana nas diferentes concentrações de PDZ, destacando os parâmetros de 75 µg.mL-1 de PDZ e 100 J/cm². Já nos resultados in vivo, a TFDa aumentou a sobrevida e estimulou o sistema imune das larvas de G. mellonella infectadas por S. aureus. A TFDa em ambos os métodos foi eficaz, demonstrando o potencial da terapia como uma alternativa no tratamento de infecções bacterianas por MRSA.Item Nanopartículas de prata funcionalizadas ao complexo vancomicina-cisteamina para tratamento de Staphylococcus Aureus e Enterococcus Faecalis(2022-03-08) Veriato, Thaís da Silva; Castilho, Maiara Lima; Raniero, Leandro José; Tada, Dayane Batista; Ferreira-Strixino, Juliana; São José dos CamposAtualmente, a resistência bacteriana é um dos maiores desafios de saúde pública do século XXI. As bactérias como Staphylococcus aureus (S. aureus) e Enterococcus faecalis (E. faecalis) destacam-se a nível internacional quanto aos isolados, sendo que cerca de 30% são de S. aureus e 19,5% de E. faecalis comumente relacionadas às infecções nosocomiais. Esses microrganismos apresentam outro aspecto em comum, a resistência à vancomicina, um antimicrobiano inibidor da produção de peptidoglicano da parede celular. Nos últimos anos, em virtude desta resistência houve um aumento na demanda de novos fármacos para cessar este problema. Neste âmbito, as nanopartículas de prata (AgNPs) destacam-se pela ação antibacteriana, baixa toxicidade em sistemas biológicos e a possibilidade de associação com antibióticos a fim de aumentar o efeito no combate destes microrganismos. Neste contexto, o presente projeto teve como objetivo a funcionalização da vancomicina na superfície das AgNPs com intuito de aumentar o efeito antibacteriano no tratamento da cepas planctônicas de S. aureus e E. faecalis. Neste estudo foi possível a modificação química da vancomicina por meio da química carbodiimida. As AgNPs sintetizadas apresentaram um diâmetro hidrodinâmico de 43,82 nm e uma banda de ressonância plasmônica centrada em 392 nm, enquanto o nanofármaco Ag@vancomicina demonstrou um diâmetro de 47,28 nm e uma banda centrada em 391 nm. Nos ensaios microbiológicos de Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM) com a Ag@vancomicina foi possível obter uma CIM de 0,25 µg/mL para S. aureus ATCC (29213), o que representou uma redução 8 vezes da concentração. Entretanto, para as clínicas SA-1 e SA-2, a CIM manteve-se a mesma do fármaco sozinho. Porém, a SA-3 a CIM foi reduzida em 2 vezes quando comparada ao antibiótico. A cepa de E. faecalis ATCC (29212) determinou a CIM em 0,12 µg/mL, correspondendo aproximadamente uma redução de 16 vezes da CIM do fármaco. Enquanto, para as cepas clínicas EF-1, EF-2 e EF-3 a redução observada da CIM correspondeu a 4, 2 e 2 vezes, respectivamente. A CBM foi de 1 µg/mL de Ag@vancomicina para ambas as espécies ATCC. Entretanto nas clínicas o efeito bactericida em concentrações baixas só foi observado para SA-1 e SA-2, para as demais CBM é maior que 4 µg/mL. Os resultados destes ensaios exibiram um excelente desempenho do nanofármaco sintetizado, o que indica que a funcionalização potencializa a ação bacteriostática tanto das AgNPs quanto da vancomicina. Porém, para exercer a ação bactericida a concentração deve ser aumentada para determinadas cepas clínicas. Portanto, sugere-se que a Ag@vancomicina tem grande potencial para as aplicações em cepas resistentes a este antibiótico