Navegando por Assunto "Nanopartículas"
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Item Desenvolvimento e caracterização de nanopartículas de poli-ԑ-caprolactona contendo cloro-alumínio-ftalocianina para potencial uso na terapia fotodinâmica em células(2022-03-08) Pinto, Bruna Cristina dos Santos; Beltrame Júnior, Milton; Gonçalves, Érika Peterson; Liu, Yao Cho; Naal, Rose Mary Zumstein Georgetto; Rosseti, Isabela Bueno; Simioni, Andreza Ribeiro; São José dos CamposNeste trabalho, nanopartículas do polímero poli-ԑ-caprolactona (PCL) foram desenvolvidas para encapsular a cloro-alumínio ftalocianina (ClAlPc), como modelo fotossensibilizador para aplicação em terapia fotodinâmica (TFD). O método de nanoprecipitação foi aplicado para produzir nanopartículas de PCL-ClAlPc que foram caracterizadas por medidas no estado estacionário, tamanho de partícula, potencial zeta, espalhamento dinâmico de luz, morfologia e eficiência de carregamento. A análise da microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostra claramente a formação de nanopartículas uniformes, de formato esférico, com superfície regular e lisa. O tamanho médio das nanopartículas apresentadas foi de 266,7 ± 83,1 nm com índice de polidispersidade (PDI) de 0,105 nm e com a eficiência de encapsulamento de 81,8%. As formulações de nanopartículas apresentaram valores de potencial zeta negativos (-28,31 ± 1,25 mV), explicando sua estabilidade coloidal. O perfil espectral de absorção mostrou que o fotossensibilizador carregado nas nanopartículas não sofre alteração em suas propriedades fotofísicas após o processo de encapsulamento. A ClAlPc encapsulada nas nanopartículas poliméricas apresentou estabilidade física adequada, boas propriedades fotofísicas e fotoquímicas demonstrando a eficiência do carregamento do fármaco. O estudo de liberação de drogas in vitro constatou uma taxa de liberação inicial de forma sustentada e eficiente, típica para os medicamentos carregados nas nanopartículas de PCL. A biocompatibilidade e o efeito fotodinâmico das nanopartículas de PCL-ClAlPc foram avaliados por experimentos in vitro utilizando a linhagem celular HeLa CCL-2, adenorcarcinoma, como modelo biológico. Os estudos mostraram que o sistema não é citotóxico no escuro, mas possuem uma fototoxicidade significativa a 3 μmol.L-1 de concentração de fotossensibilizador encapsulado e 10J.cm-2 de luz, mostrando, nestas condições, diminuição de sobrevida maior que 95%. A localização intracelular demonstrou que as nanopartículas encapsuladas com a cloro- alumínio ftalocianina podem ser internalizadas nas células de adenocarcinoma de maneira efetiva. Com isso, os resultados permitem reforçar a proposta de que as nanopartículas de PCL encapsuladas com ClAlPc é um sistema promissor para o uso em protocolos de aplicação em TFD.Item Nanopartículas polieletrolíticas de poli(ácido lático-co-ácido glicólico) contendo um derivado de ftalocianina para aplicação em terapia fotodinâmica(2020-07-08) Toledo, Maria Cristina Modesto Clementino de; Simioni, Andreza Ribeiro; Goncalves, Erika Peterson; Sakane, Kumiko Koibuchi; Liu, Andréa Santos; São José dos CamposA Terapia Fotodinâmica (TFD) é uma modalidade alternativa para tratamento de tecidos neoplásicos, que se baseia na administração de um fármaco fotossensível e irradiação de luz em um comprimento de onda adequado, visando localizar e destruir a célula alvo do tratamento, a partir da formação de espécies reativas de oxigênio. A tecnologia de nanoencapsulação se apresenta como uma ferramenta para incorporação de substâncias bioativas,visando melhorar a sua solubilidade em ambiente fisiológico, obter um maior tempo de circulação no organismo, administração de menores dosagens e a minimização de efeitos colaterais. O presente trabalho visou o desenvolvimento de nanopartículas depoli(ácido lático-co-ácido glicólico) (PLGA)revestidas com camadas de filmes de polieletrólitos para o encapsulamento da zinco ftalocianina tetrassulfonada (ZnPcSO4), como modelo de substância bioativa. As nanopartículas de PLGA foram produzidas pela técnica de dupla emulsão/evaporação do solvente e o recobrimento polieletrolítico foi realizado utilizando o hidrocloreto de poli-alilamina(PAH)como um policátion fraco e o poli-(4-estireno sulfonato de sódio)(PSS)como um poliânion forte pela técnica de automontagem camada por camada (conhecida como layer-by-layer-LbL)As nanopartículas de PLGA revestidas por polieletrólitos apresentaram diâmetro médio de 384,7 ± 138,6 nm, tamanho de distribuição restrito com um índice de polidispersidade de 0,180. A mudança óbvia do potencial zeta indica alternância bem-sucedida na deposição do policátion (PAH) e do poliânion (PSS) diretamente nas nanopartículas de PLGA.A análise por microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostrou que o sistema formado apresenta morfologia esférica, típica destes sistemas de liberação. A eficiência de carregamento foi de 82,1% ± 1,2%. As nanopartículas polieletrolíticas carregadas com a ftalocianina mantiveram seu comportamento fotofísico após o encapsulamento. A viabilidade celular foi determinada, obtendo-se 90% de morte celular. Todas as caracterizaçõesfísico-químicas, fotofísicas e fotobiológicas indicaram que as nanopartículas polieletrolíticas carregadas com a ftalocianina são um sistema promissor de administração de medicamentos para terapia fotodinâmica e fotoprocessos .Item Síntese de nanopartículas de prata funcionalizadas com amicacina aplicadas contra cepas resistentes de Acinetobacter baumannii(2021-12-07) Camargo, Larissa de Oliveira; Castilho, Maiara Lima; Raniero, Leandro José; Silva, Newton Soares da; Oliveira, Luciane Dias de; São José dos CamposA humanidade se depara com um dos maiores problemas de saúde após décadas de terapia bem-sucedida de acordo com a Organização Mundial da Saúde: bactérias multidrogas resistentes. Dessa maneira, inúmeras pesquisas têm sido realizadas com a intenção de melhorar o espectro de ação dos agentes antimicrobianos existentes e ainda, desenvolver novos fármacos. Há duas substâncias antibacterianas bastante conhecidas, os sais de prata usados desde a Antiguidade e a amicacina, um aminoglicosídeo desenvolvido nos anos 70 com potente atividade contra microrganismos Gram-negativos. Entretanto, devido aos mecanismos evolutivos bacterianos, ambas as drogas perderam a eficácia contra algumas bactérias como Acinetobacter baumannii, um bacilo Gram-negativo nosocomial que pode ser letal em pacientes imunologicamente comprometidos. Objetivando reverter essa problemática, esta pesquisa prevê o desenvolvimento de um nanofármaco a partir de nanopartículas de prata funcionalizadas ao antibiótico amicacina e a avaliação do seu potencial bactericida/bacteriostático contra cepas resistentes de Acinetobacter baumannii. As nanopartículas de prata (AgNPs) foram sintetizadas por meio da redução química entre nitrato de prata e borohidreto de sódio, sendo caracterizadas por espectroscopia UV-Visível na faixa entre 380-400 nm e pelo espalhamento dinâmico de luz. A reação química da carbodiimida foi utilizada para a modificação da amicacina a fim de introduzir grupos dissulfetos no fármaco favorecendo a ligação com as nanopartículas, formando o nanofármaco. A caracterização do processo de modificação do fármaco foi confirmada pela observação dos grupos funcionais moleculares por espectroscopia no infravermelho. Os testes de suscetibilidade como concentração inibitória mínima determinada pela técnica de microdiluição em caldo e concentração bactericida mínima foram realizados de acordo com a padronização internacional ISO 20776-1 usando quatro cepas clínicas de Acinetobacter baumannii multidroga resistentes e uma cepa ATCC (19606) sensível à amicacina para avaliar o potencial bacteriostático e bactericida do nanofármaco (AgNPs@Amicacina) desenvolvido. As AgNPs sintetizadas apresentaram um diâmetro hidrodinâmico de aproximadamente 37nm com uma distribuição bimodal e boa estabilidade química. A conjugação da amicacina com a nanopartícula de prata foi efetiva apresentando bandas de absorção especificas caracterizando o nanofármaco sintetizado. Os testes de susceptibilidade mostram uma grande eficácia das AgNPs@Amicacina contra cepas resistentes de Acinetobacter baumannii apresentando uma concentração bactericida e bacteriostática de 0,5 µg/mL. Esses estudos demonstram dados promissores para o desenvolvimento de um novo antimicrobiano com dosagens mais baixas de aminoglicosídeos, menores efeitos adversos e maior eficácia aplicados em cepas com perfil multidrogas resistentes