Diferenciação bioquímica e colorimétrica entre as espécies Paracoccidioides brasiliensis e Paracoccidioides Lutzii

Data

2020-11-23

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As espécies de fungos: Paracoccidioides brasiliensis (P. brasiliensis) e Paracoccidioides lutzii (P. lutzii), são causadoras da paracoccidioidomicose (PCM), infecção com diferentes manifestações clínicas localizadas ou disseminadas, com possibilidade de evoluir para a letalidade. No diagnóstico da PCM, o principal antígeno é a glicoproteína exocelular de 43 KDa (Gp43), reagindo com 100% dos soros de pacientes inoculados P. brasiliensis. Entretanto o Gp43não pode ser utilizado como um marcador para o P. lutzii, pois este antígeno não é reconhecido em pacientes infectados por ele. Neste contexto, o nosso trabalho buscou identificar e registrar diferenças na composição bioquímica entre essas duas espécies (P. brasiliensis:Pb03, Pb18 e P. lutzii: Pb01) por espectroscopia no infravermelho, uma vez que manifestações clínicas e o tratamento dos infectados diferem baseados no agente causador, tornando importante a sua identificação correta. De forma complementar, foi possível identificar molecularmente o P. lutzii, por meio de testes colorimétricos utilizando a metodologia label-free, combinando uma solução coloidal de nanopartículas de ouro(AuNPs), genes específicos e amostras testes. Para esse estudo, AuNPs foram sintetizadas por redução do cloreto de ouro por citrato de sódio, obtendo-se uma solução com um máximo de absorção na banda de 523 nm, obtendo-se como resultado, partículas com formato esférico e diâmetro médio de 22 nm. A diferenciação bioquímica entre as espécies foi realizada por meio da Transformada de Fourier no Infravermelho (FT-IR), uma técnica de obtenção rápida de resultados e de menor tempo necessário de preparação das amostras. Foram produzidos, na média, trinta espectros de cada amostra das culturas dos fungos. Nos resultados desta análise apareceram diferenças nos modos vibracionais de proteínas nas bandas em 1032, 1150, 1204, 1234, 1256, 1310, 1450, 1536, 1628 e 1656 cm-1; de lipídios nas bandas em 1744, 2852, 2922, 2956 cm-1; de material nuclear nas bandas em 1076 e 1116 cm-1, de estiramentos OH nas bandas em 3290 e 3432 cm-1. Com intuito de confirmação dos resultados obtidos com o FT-IR, o estudo estatístico Principal Component Linear Discriminant Analysis (PC-LDA) também foi utilizado para as conclusões. Com relação aos testes colorimétricos, foram realizados 50 testes, em triplicatas. Os resultados, após 3 metodologias estatísticas aplicadas, mostraram mudança de coloração da solução coloidal de nanopartículas de ouro na presença de DNA do fungo, para os testes positivos em 98% dos casos, confirmando que os microrganismos foram identificados molecularmente de forma correta.


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