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    Adoniran Barbosa e a trilha sonora da cultura brasileira nos anos 50: uma perspectiva cultural do desenvolvimento segundo Celso Furtado
    (Observatório de la Economía Latinoamericana) Monção Junior, Roberto Gomes; Silva, Fabiana Felix do Amaral e
    Baseando-se na análise da música popular de Adoniran Barbosa, este estudo promove uma discussão sobre cultura e desenvolvimento, de acordo com as ideias de Celso Furtado. Especial atenção é dada às concepções de cultura, criatividade, modernização e desenvolvimento endógeno. Do ponto de vista teórico, a análise do discurso é adotada como uma ferramenta que reconhece o sujeito como parte do coletivo, enfocando o assujeitamento inconsciente ao conhecimento coletivo. A pesquisa qualitativa explora o papel do cantor popular como um cronista que internaliza a visão coletiva, refletindo que neste processo não há apenas tensões e conflitos entre grupos sociais, mas a imposição de uma cultura que se considerava superior e que marginalizou outras culturas. Conclui-se que a busca por alternativas de desenvolvimento exige a defesa do desenvolvimento endógeno, conforme proposto por Celso Furtado, e uma conexão sólida entre esse processo e o sistema cultural.
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    O simulacro participativo: revisão do Plano Diretor de São José dos Campos
    (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Reschilian, Paulo Romano; Silva, Fabiana Felix do Amaral e; Maciel, Lidiane Maria
    O presente artigo tem por objetivo evidenciar os conflitos e as disputas no âmbito do espaço participativo durante o processo de revisão do Plano Diretor de São José dos Campos/SP. Neste contexto, verificou-se uma visão ideológica municipal comprometida com a criação de suporte territorial para atração de capitais, que deveria ser legitimada durante a revisão do Plano Diretor. Considerando isso, analisam-se: a formação do espaço participativo institucional, a ação discricionária do poder público municipal para aprovação do Plano Diretor em 2018 e os cenários de resistência à ordem implantada por meio das ações da sociedade civil organizada.
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    Abordagens decoloniais para pesquisa em planejamento urbano decolonial
    (Universidade de São Paulo) Silva, Fabiana Felix do Amaral e; Alves, Cintia Fabiola Mota; Santos, Isabela dos Reis
    O artigo destaca a relevância das epistemes decoloniais no debate do planejamento urbano e dos movimentos sociais, valorizando o protagonismo dos grupos subjugados na construção de novos conhecimentos capazes de tensionar a ordem vigente. A chave decolonial permite compreender que a formação de padrões de segregação é um evento social-racial-espacial por meio do qual se operam diversos mecanismos de opressão ligados à raça, ao gênero, à classe e às origens regionais. O foco da pesquisa é a dimensão da periferia como território sociopolítico, ou seja, a análise de expressões, ações e iniciativas de movimentos e/ou grupos sociais que ganham legitimidade ao produzirem suas próprias perspectivas políticas, sociais e culturais sobre e para a cidade. A metodologiaadotada valoriza o protagonismo epistêmico dos portadores das experiências analisadas, articulando categorias do debate decolonial com o processo e os resultados de duas experiências de campo junto ao coletivo Quilombo Abayomi, com base na perspectiva metodológica da sistematização de experiências de Oscar Jara Holliday. Como resultado, apresenta desafios para o campo do planejamento urbano ao introduzir abordagens teóricas e metodológicas decoloniais que valorizam as territorialidades periféricas e promovem uma mudança paradigmática, composta por outras epistemes
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    Skate no pé e spray na mão: nexos entre o skate, graffiti e pich(x)ação nas dinâmicas culturais urbanas
    (Universidade Estadual de Campinas) Domingos, Bianca Siqueira Martins; Silva, Fabiana Felix do Amaral e; Zanetti, Valéria Regina
    O objetivo deste artigo centra-se na investigação das ligações entre as práticas de skate, do graffiti e da pichação/pixação à luz do conceito de Citadinidade. As práticas destas três dinâmicas culturais urbanas estabelecem aproximações de jovens por meio de sociabilidades, das linguagens, da corporeidade, das mobilidades e dos novos usos subversivos de equipamentos urbanos em espaços públicos e/ou novas territorialidades. Por meio de etnografia virtual (netnografia) foram coletados casos que materializam e evidenciam trocas simbólicas e imagéticas entre skatistas e artistas urbanos em cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte do Estado de São Paulo
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    Entre vacâncias e as ocupações urbanas: repensando o direito à cidade a partir dos imóveis subutilizados no centro histórico de São Paulo (SP)
    (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Silva, Fabiana Felix do Amaral e; Maciel, Lidiane Maria; Forti, Marina Cyrino
    O artigo tem como objetivo discutir como o capital financeiro atua no espaço citadino produzindo vacância imobiliária em paralelo à luta dos movimentos sociais por moradia na cidade de São Paulo. O estudo foi realizado no centro histórico paulistano, especialmente, no Triângulo Histórico Sé. A metodologia se funda no levantamento de dados dos gabaritos, ou “pavimentos”, dos prédios ocupados por moradias, comércios ou serviços, e dos imóveis de uso cultural, como é o caso dos prédios tombados naquela região. Realizou-se também um estudo etnográfico, entre os anos 2018 e 2019, em prédios ocupados por uma população com fortes traços de vulnerabilidade social e que se engaja em movimentos sociais de moradia. Como resultados e conclusões, verificou-se que o desenvolvimento urbanístico e, em alguma medida, também o ordenamento jurídico estatal, em função de regras e interesses da iniciativa privada, menosprezam os moradores da cidade, excluídos do direito à moradia. Porém, como práticas de resistência desenvolvidas nos últimos anos na cidade de São Paulo, os prédios vazios ou em vacância foram sendo ocupados por movimentos sociais que questionam a ordem vigente e a especulação imobiliária no centro da cidade e em seus entornos.
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    Intervenções artísticas urbanas como práticas culturais citadinas: desobediência à base de tinta na produção de espaços públicos
    (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Zanetti, Valéria Regina; Silva, Fabiana Felix do Amaral e; Domingos, Bianca Siqueira Martins
    As intervenções artísticas urbanas, para além das cores, ilustrações e tipografias, possuem interfaces com as diferentes formas de apropriação desobediente e subversiva do espaço. O objetivo do artigo centra-se na articulação teórica de conceitos que versam sobre intervenções artísticas urbanas como formas de práticas culturais citadinas que engendram ações sociopolíticas e de desobediências em espaços públicos. No contexto latino-americano, estas práticas demandam a superação da colonialidade, que nos limita na construção de representações sociais e identitárias. Propõe-se apresentar algumas formas de intervenções artísticas urbanas correlacionadas à produção de espaços públicos e entender como as práticas culturais citadinas se inserem nestas dimensões.
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    Nas fronteiras do graffiti e da lei: notas sobre a regulação municipal da arte urbana em cidades do Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo
    (Universidade Federal de Pelotas.) Domingos, Bianca Siqueira Martins; Silva, Fabiana Felix do Amaral e; Zanetti, Valéria Regina
    As formações socioespaciais urbanas e regionais perpassam pelos processos culturais que acontecem no território e se traduzem em identidades, paisagens e sociabilidades. Por esse viés, as artes urbanas emergem como um importante elemento de cultura impresso nos espaços das cidades. Esse artigo tem como lócus de estudo quatro municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN) do Estado de São Paulo: Jacareí, São José dos Campos, Taubaté e Guaratinguetá. Abordam-se os nexos entre a influência do Estado na regulação do espaço urbano com base em Projetos de Leis e Leis municipais que versam especificamente ou indiretamente sobre graffiti. O recorte temporal levou em conta a década de 2009 a 2019, pautado a partir do levantamento de Leis e Projetos de Leis em quatro dos 39 municípios da RMVPLN, que possuem Legislação a respeito do graffiti/artes urbanas.
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    Por uma cartografia social dos espaços de vida irregulares: um estudo de caso da reconstrução comunitária do território em São José dos Campos (SP)
    (Instituto Federal de Santa Catarina) Maciel, Lidiane Maria; Silva, Fabiana Felix do Amaral e; Reschilian, Paulo Romano; Rosado, Ana Maria da Cunha
    O artigo apresenta reflexões sobre uma pesquisa-ação na construção de uma leitura técnica e comunitária da dinâmica socioespacial do bairro irregular Rio Comprido em São José dos Campos. O objetivo central é discutir o processo e os resultados da composição de uma cartografia social realizada pelos moradores do bairro em parceria com professores pesquisadores e discentes da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP). Os resultados e conclusões indicam o forte vínculo identitário dos moradores com o território e a incerteza sobre o futuro ocasionada pela insegurança jurídica. A cartografia social se mostrou uma estratégia significativa na sistematização da experiência dos moradores, das condições do bairro e da luta pela regularização fundiária.
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    A experiência dos movimentos socioterritoriais na América Latina: relatos de um estudo de caso ampliado entre São Paulo e Buenos Aires
    (Universidade Estadual Paulista) Silva, Fabiana Felix do Amaral e; Maciel, Lidiane Maria
    Este artigo pretende contribuir para o debate sobre movimentos sociais latino-americanos à luz do conceito de movimentos socioterritoriais (FERNANDES, 2005; PEDON, 2009). Verifica-se por meio de duas experiências distintas, uma em São Paulo e outra em Buenos Aires, a construção de novas territorialidades no cotidiano de lutas e enfrentamentos às lógicas hegemônicas de gestão dos espaços. O território é compreendido como espaço de conflito e construção de significados a partir das contradições entre as perspectivas dos movimentos sociais ali inseridos e os interesses dos segmentos hegemônicos. A legitimidade das lutas destes movimentos sociais está no rompimento com processos de opressão e expropriação, nos vínculos territoriais e comunitários, na formação identitária, política e crítica de suas bases, e no fortalecimento de seus processos comunicacionais, o que produz um conhecimento próprio que traz à tona a discussão de uma potência política dos territórios.