A experiência dos movimentos socioterritoriais na América Latina: relatos de um estudo de caso ampliado entre São Paulo e Buenos Aires
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Resumo
Este artigo pretende contribuir para o debate sobre movimentos sociais latino-americanos à luz do conceito de movimentos socioterritoriais (FERNANDES, 2005; PEDON, 2009). Verifica-se por meio de duas experiências distintas, uma em São Paulo e outra em Buenos Aires, a construção de novas territorialidades no cotidiano de lutas e enfrentamentos às lógicas hegemônicas de gestão dos espaços. O território é compreendido como espaço de conflito e construção de significados a partir das contradições entre as perspectivas dos movimentos sociais ali inseridos e os interesses dos segmentos hegemônicos. A legitimidade das lutas destes movimentos sociais está no rompimento com processos de opressão e expropriação, nos vínculos territoriais e comunitários, na formação identitária, política e crítica de suas bases, e no fortalecimento de seus processos comunicacionais, o que produz um conhecimento próprio que traz à tona a discussão de uma potência política dos territórios.