Navegando por Assunto "Membrana amniótica"
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Item Análise do potencial protetor da membrana amniótica em modelo experimental de desmielinização in vitro de fatias organotípicas de cérebro de camundongos(2025-02-28) Sant'Anna, Luciana Barros; Arisawa, Emília Angela Lo Schiavo; Silva, Tania Mara; Oliveira, Melissa Guimarães de; São José dos CamposA membrana amniótica (MA) é amplamente reconhecida por suas propriedades regenerativas, anti-inflamatórias e imunomoduladoras, sendo uma alternativa promissora no tratamento de doenças associadas à desmielinização, como a Esclerose Múltipla (EM). A desmielinização é caracterizada pela perda da mielina, estrutura responsável pela condução de impulsos nervosos, comprometendo a funcionalidade neuronal. Neste contexto, este estudo objetivou avaliar a eficácia da MA em proteger o tecido nervoso contra os efeitos desmielinizantes da lisolecitina, utilizando fatias organotípicas de cérebro de camundongos C57BL/6 como modelo experimental in vitro. Para isso, quatro grupos experimentais foram estabelecidos: Controle Sadio/C-S (fatias sadias); Desmielinização/C-DESM (fatias desmielinizadas pela aplicação de lisolecitina); Controle Membrana/C-MA (fatias sadias que receberam apenas MA); e Membrana Desafio Lisolecitina/MA-LISO (fatias que foram recobertas pela MA e submetidas à ação da lisolecitina). As análises incluíram colorações histológicas (Hematoxilina e Eosina, Luxol Fast Blue) para avaliação da integridade estrutural, teste metabólico com TTC para mensurar viabilidade celular, e MEV para avaliação da topografia de superfície tecidual. Os resultados demonstraram que a MA preservou a integridade da mielina e a arquitetura tecidual nas fatias desafiadas pela lisolecitina, enquanto as fatias do grupo C-DESM apresentaram microcavitações, desorganização da arquitetura histológica e perda da distinção entre substância branca e cinzenta. O ensaio TTC mostrou que as fatias protegidas pela MA mantiveram alta atividade metabólica, em contraste com a baixa atividade observada no grupo C-DESM. A análise por MEV reforçou a eficácia da MA, evidenciando a preservação da estrutura tecidual do parênquima cerebral, além de evidências de interação com o tecido que podem estar associados ao seu potencial bioativo. Essas propriedades incluem a modulação do microambiente neural e a liberação de fatores solúveis, que podem contribuir para a manutenção da viabilidade celular e integridade estrutural, mesmo em condições desafiadoras como a exposição à lisolecitina. Conclui-se que a MA atuou como barreira física eficaz contra a desmielinização induzida por lisolecitina, protegendo o tecido cerebral. Além disso, sugere-se que houve possível regeneração tecidual devido às suas propriedades bioativas, que devem ser mais investigadas para potencial aplicação no tratamento de doenças desmielinizantes, como a EM.Item Potencial regenerativo da membrana amniótica na doença periodontal induzida em ratos: estudo histológico e morfométrico(2022-04-05) Sant'Anna, Luciana Barros; Soares, Luís Eduardo Silva; Jardini, Maria Aparecida Neves; Teixeira, Roberta Jenniffer Maciel; São José dos CamposA doença periodontal é caracterizada como um processo inflamatório crônico que potencialmente leva à destruição óssea alveolar e posteriormente a perda dentária, sendo a doença óssea mais comum nos humanos. Esse caráter inflamatório da doença é devido a intensa infecção bacteriana, associada ao biofilme pré-instalado na superfície dentária. A membrana amniótica (MA) tem atraído atenção como biomaterial para a medicina regenerativa, devido a presença de células tronco que conferem propriedades de biocompatibilidade, antibacteriana, antiinflamatória, imunomodulatória e pró-angiogênica. Sua arquitetura única lhe torna um biomaterial promissor para regeneração tecidual, conferindo excelentes propriedades biológicas e mecânicas. O objetivo deste estudo é analisar o potencial da MA na regeneração dos tecidos periodontais na periodontite induzida em ratos. A casuística é composta por 26 ratos machos Rattus norvegicus, Albinos, Wistar, com peso aproximado de 200 a 250g, os quais após o período de aclimatização foram divididos aleatoriamente nos grupos: Grupo Normal (n=6): os animais não foram submetidos a nenhum procedimento, seguindo o percurso normal do experimento; Grupo Ligadura (n=10): os animais foram submetidos à ligadura para indução da periodontite e após 2 semanas esta foi removida; Grupo Ligadura + MA (n=10): os animais foram submetidos a ligadura para indução de periodontite, após 2 semanas a ligadura foi removida e a MA colocada ao redor do defeito ósseo. Após 4 semanas de atuação da MA os animais foram eutanasiados e as análises macroscópica, morfométrica, histológica e histomorfométrica foram realizadas para avaliar o reparo periodontal. Observou-se significativa instalação da doença periodontal, e após a colocação da MA, verificou-se a diminuição da perda óssea alveolar, diminuição da profundidade de sondagem, ganho no nível de inserção conjuntiva, e tecidos periodontais com aspecto de normalidade, particularmente o ligamento periodontal com os feixes de fibras colágenas bastante definidos e organizados. Conclui-se que a MA pode estimular o reparo periodontal após ter removido o agente etiológico que estava provocando a periodontite.