Desenvolvimento de pirulito com fotossensibilizador para aplicação oral da terapia fotodinâmica

Data

2024-05-03

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Resumo

A saliva desempenha funções cruciais na cavidade bucal, como a formação do bolo alimentar, lubrificação da região de faringe/laringe e prevenção de cáries e doenças oportunistas. A hipossalivação, redução na produção salivar, é um efeito colateral frequente em pacientes submetidos a quimioterapia (QT) e radioterapia (RT), especialmente quando afeta a região de cabeça e pescoço. Esse quadro resulta em toxicidade, interações medicamentosas e dificuldades no manejo dos sintomas, impactando negativamente a qualidade de vida dos pacientes. As alternativas terapêuticas, como a saliva artificial, têm mostrado limitações, como a piora de náuseas e o "gosto metálico" persistente após a QT, dificultando a adesão ao tratamento. Este estudo teve como objetivo o desenvolvimento de um pirulito contendo azul de metileno (AM) para tratar infecções oportunistas e melhorar a xerostomia, com maior adesão, praticidade e melhoria na qualidade de vida do paciente. O AM atua como fotossensibilizador na terapia fotodinâmica, proporcionando uma solução prática e eficaz. Lollipops compostos por corantes, como o AM, tornam a forma de apresentação do produto mais atraente, atendendo de maneira lúdica e eficaz a demanda de pacientes pediátricos, acamados ou em regime homecare. Foram produzidos 67 pirulitos, nos quais foram realizados testes para avaliar sua qualidade. A espectrofotometria foi utilizada para analisar as diferentes concentrações de AM, obtendo-se a curva de calibração necessária. A análise de pH foi realizada com um potenciômetro digital, e os resultados das amostras variaram entre 4,7 e 4,8, indicando consistência na quantidade de ácido cítrico. Para avaliar a umidade residual, que é essencial para a estabilidade do produto, utilizou-se estufa a vácuo. Os valores de umidade residual obtidos foram de 1,1% para a amostra 1, 1,5% para a amostra 2 e 1,2% para a amostra 3, o que é considerado adequado para garantir a durabilidade do pirulito. Além disso, o estudo de estabilidade foi realizado em três temperaturas diferentes (5°C, 30°C e 40°C) ao longo de 12 semanas. Os pirulitos mantiveram-se estáveis a 25°C por até 90 dias. No entanto, quando armazenados a 30°C e 40°C, o produto sofreu deformações nas semanas seguintes, indicando que a temperatura ideal de armazenamento é 25°C. Esses resultados demonstram que o produto desenvolvido é eficiente, com boa estabilidade e praticidade, tornando-se uma solução inovadora para melhorar a adesão ao tratamento de xerostomia e infecções oportunistas em pacientes oncológicos.


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