Mobilidade urbana e desigualdade socioespacial em São José dos Campos, SP

dc.contributor.advisorReschilian, Paulo Romano
dc.contributor.authorFochesato, Federica Giovanna
dc.contributor.event2São José dos Campos
dc.contributor.refereeMaciel, Lidiane Maria
dc.contributor.refereeMoreira, Tomas Antonio
dc.date.accessioned2024-12-05T13:38:36Z
dc.date.available2024-12-05T13:38:36Z
dc.date.issued2021-02-25
dc.description.abstractEsta dissertação analisa as relações existentes entre a mobilidade urbana e a desigualdade socioespacial em São José dos Campos, SP. A pesquisa está amparada por uma matriz teórica que, inicialmente, explica como a mobilidade urbana se insere no contexto do direito à cidade. Em seguida, trata da segregação socioespacial como forma de controle não apenas do espaço, mas sim dos tempos de deslocamento -o que resulta em desigualdades quanto à apropriação da cidade por diferentes grupos sociais. Nesse sentido, também é tratada a espoliação urbana que afeta a reprodução da força de trabalho mais despossuída condicionando-a, assim, a um maior confinamento territorial e reduzida mobilidade socioespacial. Metodologicamente, recorre-se à pesquisa exploratória e explicativa a partir de fontes primárias da Prefeitura Municipal de São José dos Campos. Mas, para as análises dos dados quantitativos advindos, principalmente, da Pesquisa Origem e Destino foram produzidas cartografias para expressar os fenômenos da segregação socioespacial e da espoliação urbana potencializados pela forma desigual que caracteriza a estrutura da mobilidade no município. Uma estrutura fortemente centrada no automóvel como forma de deslocamento, relegando o uso do transporte público aos mais empobrecidos. Espacializados, os dados evidenciam que as regiões Centro e Oeste de São José dos Campos -que reúnem quase 20% da população - têm muito maior acesso às oportunidades da cidade em contraposição às demais regiões-destacando-se a Leste e Sul-,que juntas correspondem a cerca de 65% dos habitantes.Mas, no campo das relações de trabalho, este grande contingente populacional desloca-se até as regiões Oeste e Centro, concentradoras de bens, serviços e empregos, para vender sua força de trabalho colaborando, portanto, para a geração de riqueza da cidade. A fim de visibilizar quem seriam parte dos sujeitos espoliados pela produção e apropriação desigual do espaço e caracterizar como se dão seus deslocamentos pelo motivo trabalho, consta o mapeamento das viagens das trabalhadoras domésticas. Tal material,complementar às evidências anteriormente apontadas, colaborou para confirmar as hipóteses trazidas pela pesquisa: apesar da existência da Política Municipal de Mobilidade Urbana que estabelece princípios alinhados à Política Nacional de Mobilidade Urbana,em São José dos Campos a dinâmica da mobilidade que vem se constituindo, acentua a desigualdade socioespacial ao invés de reduzi-la. Assim, as infraestruturas que integram a mobilidade tendem a ser produzidas e reproduzidas com o intuito de beneficiar apenas uma seleta parte da população. Além disso, o poder público propaga um ideal de mobilidade urbana ainda vinculado a um eficiente sistema de transportes que precisa otimizar o ir e vir dos trabalhadores. Um ideal que afasta o entendimento da mobilidade -bem como sua construção coletiva -como uma prática política impulsionadora do pleno direito à cidade.
dc.description.abstract2This dissertation looks into the existing relationship between urban mobility and socio-spatial inequalities in the city of São José dos Campos-SP. The research is supported by a theoretical framework that firstly explains how urban mobility fits into the context of right to the city. Then, it addresses socio-spatial segregation as a way of controlling not only the urban space, but also travel times, resulting in an unequal appropriation of the city by different social groups. Urban despoilment, which affects reproduction of the most dispossessed workforce, subjecting it to an increased territorial confinement and reduced socio-spatial mobility, is also addressed in this context. The methodology involved exploratory and explanatory research using primary sources from the São José dos Campos City Government. However, in order to analyze the quantitative data originating especially from the Origin and Destination Survey, cartographic representations have been produced to depict the socio-spatial segregation and urban despoilment phenomena intensified by the unequal nature of the city mobility structure — a highly automobile-centered structure that relegates public transport to the poorest. When spatialized, the data show that the Central and West regions of São José dos Campos, which account for about 20% of the population, have a much better access to the city opportunities when compared to other regions such as the East and South, which together account for about 65% of the population. This large piece of the population, however, commute to the Central and West regions — where most of the goods, services, and jobs are — in order to sell their labor force and contribute to create the city's wealth. In order to recognize the subjects despoiled by the unequal production and appropriation of the urban space and describe their commute to work, journeys of female domestic workers have been mapped. Such material, which is complementary to the evidence pointed out earlier, helped confirm the hypothesis put forward by this research: in spite of the existence of a Municipal Policy of Urban Mobility, which is aligned with the National Policy of Urban Mobility, the mobility dynamics that is being established in São José dos Campos increases rather than reduces socio-spatial inequality. This way, the mobility infrastructures tend to be produced and reproduced with the purpose of benefiting only a privileged section of the population. Besides, the government disseminates an ideal of urban mobility still linked to an efficient transportation system designed to optimize the workers' commute. Such an ideal rejects the concept of mobility — and its collective construction — as a political promoter of the full right to the city.
dc.description.physical262 f.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.format.mimetypePDF
dc.identifier.affiliationUniversidade do Vale do Paraíba
dc.identifier.bibliographicCitation2FOCHESATO, Federica Giovanna. Mobilidade Urbana e Desigualdade Socioespacial em São José dos Campos, SP. São José dos Campos, 2021. 262 f. Dissertação (Mestrado em Planejamento Urbano e Regional) - Universidade do Vale do Paraíba, Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, São José dos Campos, 2021
dc.identifier.urihttps://repositorio.univap.br/handle/123456789/442
dc.language.isopt_BR
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.initialsUNIVAP
dc.publisher.institutionUniversidade do Vale do Paraíba
dc.publisher.programMestrado em Planejamento Urbano e Reginal
dc.publisher.spatialSão José dos Campos
dc.subject.keywordMobilidade urbana
dc.subject.keywordSegregação socioespacial
dc.subject.keywordEspoliação Urbana
dc.titleMobilidade urbana e desigualdade socioespacial em São José dos Campos, SP
dc.title.alternativeUrban mobility and socio-spatial inequality in the city of São José dos Campos,SP
dc.typeDissertação
dc.type.masterDegreeAcadêmico

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